28 de ago. de 2010

Ivete Sangalo, do Brasil, pronta para enfrentar uma Arena internacional

No seu Brasil nativo, a popular cantora Ivete é uma super estrela com uma década de álbuns mais vendidos e hits, uma artista que consegue lotar um estádio com 80.000 fãs em êxtase. Mas quando ela pisar na Arena da American Airlines, no sábado, para sua primeira grande apresentação nos Estados Unidos, ela será quase uma desconhecida para o público norte-americano e, até mesmo, para o latino americano. Sangalo enfrentará um desafio muito maior no dia 4 de setembro, quando tocará no Madison Square Garden, aquele histórico “forró” pop localizado numa estafante cidade internacional com uma base de fãs brasileiros menor que o sul da Flórida.

“Se eu fizer o que sei fazer, eu acho que eu consigo a atenção da mídia e do público americano”, diz a cantora de 38 anos lá de sua casa, em Salvador, Bahia. “Mas eu sei que tenho que me tornar conhecida. Tenho muito interesse nisso (na popularidade), mas eu tô tentando mostrar meu ‘verdadeiro eu’ nos Estados Unidos. Se eles captarem a minha idéia e a minha energia, eu ficarei muito feliz. E eu acho que eles vão”.

Uma figura poderosa, amada por seu jeito simples e pés no chão, pelo senso de humor irreverente (no seu DVD de 2006, no show que aconteceu num Maracanã lotado, ela “tira onda” enquanto aperta os seios a torneia suas partes de baixo no seu macação preto de vinil), Sangalo se encontra numa situação similar a do Soda Stereo, o grupo de rock argentino, que teve o início de sua turnê de volta na Arena da American Airlines, quando encheram o local por duas noites em 2007.
Mas, diferente do Soda, Sangalo não conta com inúmeros fãs de toda América Latina. Entretanto, ela pode contar com seus fãs brasileiros. Dois ônibus lotados estão chegando de Orlando no sábado do show e pelo menos 2000 pessoas estão vindo do Brasil para assistir.“A gente sabe que as agências de viagem no Brasil estão fazendo pacotes” diz Antonio Martins, editor do Acontece.com e da Revista Acontece, que cobre a cultura e o turismo brasileiro no sul da Florida. “Muitos brasileiros querem fazer parte disso”.

O show de Miami é também um risco para os produtores, a Fundação Rhythm, que construiu um forte segmento brasileiro com anos de shows de artistas consagrados, como Caetano Veloso, mas que aconteceram em locais menores, como a Fillmore Miami Beach. Semana passada, a organização vendeu dois terços dos 7000 lugares disponíveis para o show, dentre os 16.000 que o local suporta. O Diretor de desenvolvimento da Fundação Rhythm, depois de ver Sangalo em produções menores no hotel Miami, em 2003 e 2005, prometeu trazê-la de volta em sua completa glória.

É um grande passo, mas pensamos que se tem um artista no Brasil que pode fazer isso, teria que ser ela”, diz Souza. “Essa é a grande estrela que os brasileiros têm falado por anos. Agora é a hora do público americano conhecê-la”.

Nascida e criada em Juazeiro da Bahia, Sangalo começou a cantar ainda adolescente, em shows da escola e festivais locais e, em 1993, tornou-se vocalista do grupo feminino (oi???) Banda Eva. O 1º disco solo, que leva o seu nome, veio em 1999, e ela está no topo do cenário pop-musical brasileiro desde então, vendendo mais de 7 milhões de discos e 1 milhão e meio de DVDs.

“Sou cantora desde que nasci”, diz Sangalo. “Eu costumava achar que seria médica. Mas toda minha vida tem sido a música. Eu percebi que era famosa quando eu peguei um táxi no Rio de Janeiro, em 1998 ou 99, e o motorista me perguntou: Você é a Ivete Sangalo? Eu sou um grande fã, tenho todos os seus discos”.

Suas músicas, a maioria escrita por outros artistas, é um “efervescente pop Brasileiro dançante”, reforçado por uma base de ritmos Bahia-Africa, com brilho, produção de estilo internacional. Seus shows são espetáculos com batalhões de dançarinos e luzes, mas ela continua a cantar no carnaval de Salvador. Ela impressionou várias estrelas internacionais que visitaram o Brasil, incluindo Beyoncé, que teve sua turnê brasileira de 2010 produzida (melhor seria dizer “patrocinada”) por Sangalo. Anos atrás, Ivete conheceu Bono Vox, do U2, num jantar dado por Gilberto Gil, e o rock star se juntou a ela para uma performance no carnaval, no dia seguinte.

Eu achei que ele estivesse brincando, mas ele veio e começou a cantar comigo” diz Sangalo. “Era um sonho se tornando realidade.

Empresária astuta e auto-produtora, Sangalo é uma das estrelas mais ricas do Brasil, com contratos de produção e patrocínio com grandes empresas, incluindo Panasonic, Avon e TAM Airlines, que está patrocinando sua turnê americana. Ela gravou inúmeros duetos com grandes estrelas brasileiras, gravou um álbum infantil e tem uma linha de roupas com seu nome, tem um programa da na TV e mais de 1 milhão de seguidores do twitter. Seu show em New York contará com convidados famosos, que busca atrair fãs norte e latino americanos, incluindo o rock star colombiano Juanes e a cantora pop Nelly Furtado.

Ela também é poderosa na vida pessoal. Seu marido e pai do seu filho, Marcelo, nascido em outubro passado, é Daniel Cady, um nutricionista 10 anos mais novo que ela. Sangalo diz que agora ela dedica seus dias ao filho e suas noites à musica.

Estou mais feliz e mais que cansada que nunca” ela diz. “Meu bebê é especial, é meu precioso. Ele diz, ma-ma-ma, nunca pa-pa-pa. O pai dele é muito ciumento.

Ainda, com tudo que Sangalo tem que dar conta, ela mantém uma atitude positiva.
Tudo sobre a música tem que ser divertido”, ela diz. “Não quero me levar tão á sério”.

Redação Ivete Mania Club
Informações (Tradução) Miami.com

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